segunda-feira, julho 09, 2012

UOL Jogos: Jogamos: suspense empolga, mas ação não agrada na demo de "Resident Evil 6" para X360


Finalmente chegou o dia 3 de julho e com ele o acesso à demonstração de "Resident Evil 6" no Xbox 360 para quem comprou o RPG "Dragon's Dogma".
O download compreende o mesmo conteúdo mostrado pela Capcom a jornalistas e membros da indústria na E3, feira de games que aconteceu em junho nos EUA. Ou seja, são três trechos distintos, mostrando as campanhas disponíveis no jogo e estreladas pelos veteranos Leon S. Kennedy, Chris Redfield e o novato Jake Muller.
Em setembro, jogadores de PlayStation 3 terão chance de também baixar essa demonstração. Já no dia 2 de outubro acontece o lançamento do game em si, com versões para PlayStation 3 e Xbox 360, sendo que depois, em data ainda não revelada, aparece também nos computadores. Vale pontuar: o jogo terá legendas em português, mas a demonstração não contava com essa opção.
UOL Jogos testou a demonstração e abaixo você acompanha os comentários da equipe.

Resident Evil 6

Resgate às origens
por Akira Suzuki
Entre os três personagens de "Resident Evil 6", parece que coube a Leon S. Kennedy a tarefa de resgatar os valores que tornaram famosa a série de terror da Capcom. A parte de Leon mostra o agente apontando a arma para o presidente dos Estados Unidos. O local é desolado devido a uma infestação de zumbis que varreu a cidade.
O cenário é uma universidade, que evoca os ambientes fechados dos primeiros "RE", principalmente a mansão Spencer do título original, lançado em 1996. O lugar é escuro, apenas eventualmente iluminado pelo sol que se infiltra pelas janelas abertas ou alguma fonte de luz que ficou intacta.
Embora Leon possa correr, em muitas situações o game permite apenas que o jogador ande, cadenciando o ritmo. É mais uma lembrança dos "Resident" clássicos. A jornada do agente tem mais suspense: a universidade aparentemente está deserta, mas vultos e barulhos de objetos caindo indicam que não é bem assim. Eventualmente, tem até alguns sustinhos.
A demonstração tem poucas batalhas - e praticamente nenhum item para pegar. Parece realmente que a Capcom quer retomar os elementos de "survival horror", tão característico dos primeiros "Resident", em que suprimentos são escassos e muitas vezes é preciso fugir para economizar munição. Quase no final, Leon se vê cercado por zumbis, e há muito mais deles no estacionamento - e as únicas balas são aquelas que ele tinha desde o começo.
Dentre os três personagens, a aventura de Leon me pareceu a mais promissora, pela experiência de terror e pela imersão no enredo. Enfim, "Resident Evil 6" ainda não parece ser o "Resident" dos sonhos, mas, ao menos, preserva muito mais o clima da série que o antecessor. E isso é um bom sinal.

Tiroteios empolgantes e complicados
por Rodrigo Guerra
Depois de jogar a demonstração de Jake na E3, desta vez encarar “Resident Evil 6” foi mais prazeroso. Poder jogar com Leon e Chris me lembrou de outros jogos da série, principalmente no caso de Leon, que conseguiu passar uma atmosfera mais assustadora. Foram poucos momentos de tiroteio, o que ajudou a elevar a tensão.
Já no caso de Chris a sensação foi mais variada. A história empolga, sugerindo que ele não se lembra dos incidentes em Kijuju (de "RE5") e toda a conspiração Umbrella.
Com as mãos no controle senti que a Capcom tentou fugir do esquema “Gears of War” e a forma que eles encontraram foi mudando os comandos de combate. Em alguns casos a mudança foi para o bem, como dar comandos para seu parceiro e usar um botão próprio para se curar com ervas e sprays.
Entretanto, o sistema de cobertura ficou desnecessariamente complicado. O jogador deve se aproximar de um lugar onde é possível se proteger, segurar gatilho de mira e apertar o botão A. Com mira firme, o jogador deve apontar com a alavanca direita para que o personagem coloque a cabeça para os lados e fique livre para atirar. É muita complicação para algo que deveria ser mais simples e intuitivo.
Mesmo assim, o jogo empolga. Ainda acho que a parte com Jake é desnecessária, mas creio que preciso me acostumar com o personagem e isso pode mudar quando a história dele for apresentada de forma apropriada – e isso só vai acontecer quando o jogo chegar.

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